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Paulo Freire com muita perspicácia percebeu que quanto mais cotidiana e
usual for uma palavra mais facilmente esse será apreendida na modalidade
escrita da linguagem. Foi na educação de jovens e adultos que tal pensamento revolucionários causou
os maiores impacto.
Entretanto as ideias de Paulo Freire foram e são amplas demais para
limitar-se a uma modalidade de educação. A alfabetização de crianças e jovens,
tamém podem e têm muito a aprender com as palavras geradoras de Paulo Freire.
Quantos cadernos e livros didáticos encontraremos com atividades e
explicações da língua escrita com textos e contextos totalmente dissonantes da
realidade linguísticas das crianças?
Não
podemos nos esquecer das formações silábicas clássicas como
D+A
– D+O = DADO
SERÁ
QUE A CRIANÇA CONHEÇE UM DADO?
Palavras desconectadas do sentido de mundo não são muito eficientes para
os primeiros passos da alfabetização.
Porém durante o avançar da trajetória escolar, é preciso e necessário
que o educador aponte novas palavras e inclusive abuse de variações e
diferenças da e na escrita, para que assim os aprendizes percebam na prática a
forma correta das grafias.
Sendo assim, o educador deve se desligar do léxico cotidiano? E
apresentar palavras descoladas da realidade de mundo das crianças? Fazendo isso
estaria em oposição às palavras geradoras apontadas por Paulo Freire?
Cabe o professor mostrar que o mundo é local e também global. E que uma
palavra deriva de outra.
Quantas palavras novas podemos formar com as
mesmas silabas ou fonemas?
As palavras geradoras de Paulo Freire são mais do que palavras escritas
que derivam umas das outras, são palavras que descrevem o mundo.
O que coloca a prática docente como um trabalho essencialmente
conflitante, pois esta no lugar de mostrar o mundo e os sistemas que o
estruturam, através de palavras que podem libertar ou aprisionar.
Escrever aquilo o que liberta. O que conscientiza.
E oferece alternativas ao mundo de desigualdades.
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