15 de maio de 2012

Alfabetização e ortográfia

Kelly Amaral de Freitas



NOTA: Essa postagem  foi produzida  a partir das leituras de Carlos Cagliari e o Caderno de Alfabetização do Ceale Nº2.
Quando a criança está no inicio do processo de alfabetização é muito comum que alguns "erros" e dúvidas sobre com qual letra escrever determinadas palavras.
Será com S, com dois SS, com C ou Ç, ou será Z?
Na verdade o que acontece é que a crianças recém-iniciadas na cultura escrita, não apresentam ainda um repertório diversificado e amplo de palavras. Sua memória visual ainda não está "recheada" de diversidade léxica.
O que nos preocupa nessa fase da vida estudantil é o que alguns educadores fazem com esses "erros". Pois há muitas crianças rotuladas em escolas como portadoras de dificuldade de aprendizagem da escrita, mesmos sendo ainda muito pequenas.

Nesse momento é imprescindível que o docente recorra a ortografia, mas não para normatizar as escritas e encher a cabeça das crianças com regras cultas.
 É preciso perceber na gramática padrão que nem toda confusão ou dificuldade de escrita encontra-se regulamenta na norma.

Quem é que já leu na gramática alguma regra sobre quando usar Z ou S, C ou Ç, D ou T...

Essas letras apresentam sonoridades similares, a criança fala a palavra e escreve do jeito que pensar.
Cosinha invés de cozinha, tetergente invés de detergente. ,

Nesse sentido apontamos para um detalhe que todo educador precisa ter esclarecido, a fala influência na escrita, principalmente nos primeiros anos da alfabetização. Logo, é preciso que seja feito uma identificação de palavras chaves ou palavras geradoras ( ver postagem sobre palavras geradoras de Paulo Freire) que possam causar confusão cognitiva nas crianças. Atividades como ditados, leituras, escritas, completar com letras faltosas, são de grande proveito. Montar portfólio, caderno da turma, agenda de trabalho, escrever cartas, é importante para que os aprendizes se habituem a escrever bastante. Variando e aumentando o repertório de palavras, para que no fim de tanto escrever e de tantos ler, possam "de-cor"(ar) visualmente as palavras e suas respectivas grafias corretas.
       Dessa forma mais do que apresentar uma gramática prescritiva o educador estará despertando escritores e leitores, aptos a estranhar "escorregões" ortográficos. Além disso, é muito produtivo que as crianças sejam leitores de si mesmas: ESCREVER - RELER - LER EM VOZ ALTA - PERCEBER O ERRO - TRANSCREVER. Esses exercícios pode ser um hábito, não apenas da cultura escolar, mais da própria vida.







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